“Um dos princípios mais importante do Judô é o da prosperidade e benefícios mútuos". É no que acredita Jonatan de Oliveira, 23 anos, profissional de educação física que teve sua vida transformada ao entrar em contato com o esporte.
Com intuito de fazer alguma atividade física, aos 14 anos, Jonatan foi apresentado ao Judô, no Projeto Arte Sem Fronteiras. O projeto promove atividades esportivas, recreativas e educacionais como forma de transformar a realidade de crianças e jovens da periferia.
Morador de Valéria, bairro periférico de Salvador, Jonatan conciliava a sua rotina escolar, no Colégio Estadual Professora Noêmia Rêgo, com as atividades do Arte Sem Fronteiras.
“Confesso que no início entrei um pouco desconfiado, duvidava de mim mesmo, achava que não duraria muito tempo no Projeto”, conta. Além de treinar, Jonatan também tinha a oportunidade de ensinar outros colegas. “Com o passar dos anos, fui tendo a confiança do Sensei Marcos, que me incentivava a ensinar os alunos mais novos”, revela.
Essa motivação foi fundamental para Jonatan decidir qual carreira seguir. “Eu aprendi que o esporte tem vários aspectos, não só a competição. Poderia formar pessoas, capacitá-las e incentivá-las”, afirma.
Depois de concluir o ensino médio, Jonatan percebeu dentro do ASF qual era o seu dom, ensinar através do esporte. Começava ali sua trajetória profissional. "A todo momento encontrei apoio da Pró Ester, presidente do ASF e do Sensei Marcos, professor de Judô no ASF". Ao mesmo tempo que Jonatan se graduava em Educação Física, a formação como faixa preta chegou. "Foi uma correria absurda, mas não podemos deixar que o nosso sono seja maior que os nossos sonhos, como sempre diz a Pró Ester," relata com sorriso no rosto.
Hoje já formado e pós graduando, Jonatan trabalha em uma academia no bairro da Graça, zona central de Salvador, mas não abre mão de ajudar as crianças e jovens do Arte Sem Fronteiras. “O meu sentimento em relação ao projeto é gratidão, sinto uma gratificação imensa em fazer por outros o que fizeram por mim”, explica.
Assim como aconteceu com ele, Jonatan conta que incentiva os alunos a procurarem ter um propósito de vida. “Em toda aula nossos alunos são incentivados a pensar, questionar informações e não se deixar levar por conversas de outros, a gente tenta ajudar por meio do esporte, mas o nosso objetivo principal é torná-lo um cidadão de bem”.
E o resultado do trabalho é positivo. “Tem alunos que estão na faculdade, alguns formados, outros trabalhando, contribuindo de forma favorável a sociedade", afirma.“O Judô ensina que não podemos ficar parados, a gente deve evoluir. Sempre podemos treinar e melhorar”, conclui.
Essa é apenas uma história incrível desse projeto magnífico chamado ARTE SEM FRONTEIRAS.
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